terça-feira, 13 de novembro de 2007

Goldwing e Euskal Herria - Agosto de 2006

A viagem ao Pais Basco em sofá rolante serviu para várias coisas: Vivemos intensamente a realidade de um povo com uma determinação que eu nunca antes tinha sentido em sítio nenhum da parcela de Mundo que conheço. Aquela gente tem um território lindíssimo, com um nível de desenvolvimento notável e uma capacidade de regeneração dos modelos de desenvolvimento, alucinante. Bilbao com o Guggenheim está a transformar-se numa cidade de cultura mantendo e musealizando alguns estigmas industriais que marcaram os últimos 2 séculos da sua história. Esta gente tem uma das 3 línguas da Europa (Finlandês, o Magiar e o basco)) cuja raiz se desconhece. Em comum com os "Espanhóis" têm muito pouco. A via é de facto a encetada por Zapatero com a negociação com a ETA no sentido do aprofundamento da autodeterminação daquelas três regiões - Vizcaia, Guipozcoa e Alava.Curtimos paisagens e lugares lindíssimos e excelentes para viajar de mota. A gastronomia Basca é variada e rica, desde as coisas do Mar às da terra tudo serve para fazer saborosíssimos pintxos bem regados com sidra, ou canhas ou um bom Rioja.Nesta altura do ano há festas populares em todo o lado, foi divertido petiscar nas tascas das associações e dos partidos. Por fim "aquilo", leia-se Goldwing, é mesmo um sofá rolante, ao fim de quase 900 Km estamos frescos e prontos para continuar a andar de mota. A facilidade de condução nas diversas situações é a nota dominante desta primeira experiência de 3000 Km em GW. Em forma de conclusão diria que a Scooter ideal deveria ter um motor de 6 cilindros e caixa automática. Os 6 cilindros e os 1500 cc permitem que o limite de rotações se faça às 5000 rpm, ou seja aquilo parece um tractor, tem força e binário disponível que permitem andar em 5ª desde os 50 km/h até aos ... (?) (A Elisabete e os radares não me deixaram passar dos 160 Km/h).

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