terça-feira, 18 de maio de 2010

Vivemos um estado de esquizofrenia colectiva

O mundo virtual da especulação financeira materializa-se nas nossas vidas através da total dependência da Europa ao império americano. As agências americanas, que cotam o alegado risco das dívidas dos países, determinam as políticas económicas e fiscais dos governos. Este é o campo da especulação mais selvagem para a qual a economia real é moldada pela indução de factores psicológicos. Isto pode significar que, por exemplo, a taxa de juro que um país paga pelo endividamento externo do estado e das empresas pode subir ou descer em função da avaliação que as famigeradas agências de rating fazem, a cada momento, do exercício político dos governos. Assim um aperto de mão entre um primeiro ministro e o líder da oposição pode valer uma descida brutal do serviço da dívida. Isso só acontece se o aperto de mão selar um compromisso de aprovação de medidas que estrangulem o poder de compra dos trabalhadores como por exemplo o aumento de impostos ou a redução da massa salarial através da taxação extraordinária do subsídio de férias e/ou de natal ou a redução das comparticipações do estado nos medicamentos e assitência na saúde. Quando é que acordamos todos e percebemos que isto não tem que ser assim! Tudo isto são convenções de suporte à exploração desenfreada do trabalho e à maximização brutal do lucro.

Sem comentários: